quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Retrospectiva Financeira 2010

Guerra Cambial

  As “armas cambiais” foram acionadas em 2010. De um lado, viu-se as ações dos EUA para aumentar a liquidez. De outro, a política cambial chinesa de manter artificialmente desvalorizada a sua moeda. Diante dessa “guerra”, causada pela perda do valor do dólar, muitos países adotaram medidas de proteção para conter a desvalorização da moeda norte-americana em relação às suas divisas, pois prejudica principalmente as nações exportadoras e, dependendo, a indústria local em razão da queda dos preços dos produtos estrangeiros, incentivando as importações.
E isso, preocupou os governos do globo, pois pode fazer com que os países partam para políticas comerciais mais protecionistas, o que seria bastante negativo para a recuperação da economia mundial, sobretudo em função do baixo crescimento dos países desenvolvidos.

  O Governo brasileiro, por exemplo, aumentou a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para várias aplicações financeiras feitas pelos investidores. Tentou-se um “acordo de paz” em nível mundial para conter a queda do dólar, a “arena” foi Seul, na reunião do G-20, na segunda semana de novembro. O “acordo” buscava medidas coordenadas entre os países para não estender a “guerra cambial”, que foi posta em função das ações dos EUA e da China. Nada de concreto foi decidido. Infelizmente, a guerra continua!

Consumo: os brasileiros foram às compras em 2010

  As palavras crise ou recuperação lenta, que seguiram presentes nos países desenvolvidos, sobretudo, nos Estados Unidos e na Europa, estiveram longe do bolso do consumidor brasileiro em 2010. Conforme os indicadores divulgados pelo IBGE a respeito do PIB, viu-se que o consumo das famílias no Brasil acumula alta de 6,9% até setembro desse ano em relação ao mesmo período do ano passado.

  O consumo foi forte no Brasil em função dos seguintes fatores: (i) mercado de trabalho robusto (aumento do emprego e elevação da renda acima da inflação; (ii) maior facilidade de crédito, processo que está sendo chamado de bancarização dos brasileiros; e (iii) elevação da confiança em relação a situação atual e futura. Esses fatores tiveram forte influência no resultado das empresas favorecidas pelo consumo, fazendo com que as ações de empresas do segmento negociadas na BMF&Bovespa fossem destaque de valorização em 2010. O preço ações, até o último dia 29 de dezembro/10, da Ambev (AMBV4) tiveram valorização de 49,3%, das Lojas Renner (LREN3) 43,9% e da Natura (NATU3) 36,7%.

Oferta Petrobras

  Em setembro, ocorreu a oferta pública da Petrobras, que arrecadou R$ 120 bilhões com a emissão de mais de 4 bilhões de ações. A empresa realizou a maior operação de aumento de capital na história mundial, tornando-se a quarta maior do mundo em valor de mercado: passou a valer US$ 217 bilhões, mais que gigantes como Microsoft e Wal-Mart. O processo foi realizado com vistas a garantir o plano de investimentos da companhia, de US$ 220 bilhões para o período entre 2010 e 2014. O preço do barril de petróleo definido pelo Governo Federal em US$ 8,51 na cessão onerosa, entretanto, pesou significativamente sobre os papéis da companhia, que caíram muito, espantando os investidores. Aos poucos, as cotações foram voltando aos patamares antigos.

PanAmericano

  Em novembro, uma série de erros contábeis foram descobertos pelo Banco Central nos balanços do Banco PanAmericano. Há alguns anos, a companhia vinha vendendo carteiras de crédito a fundos e instituições, sem a devida baixa desses créditos no ativo, inflando os resultados contábeis. Para resolver o problema, Silvio Santos precisou tomar empréstimo junto ao FGC (Fundo Garantidor de Créditos) no valor de R$ 2,5 bilhões, colocando como garantia bens do próprio patrimônio, como ativos da Jequiti, o hotel Jequitimar, o próprio PanAmericano e até mesmo o SBT. O escândalo do rombo nas contas derrubou as ações do banco, que chegaram a cair 29,5% num único dia. O desempenho dos papéis segue fraco.


Por Denilson Alencastro, economista-chefe da Geral Investimentos.
Colaborou com essa matéria Bruno Fernandes, assistente de análise da Geral Investimentos.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Pesquisa revela: Mulheres não poupam!

  Mais da metade das mulheres brasileiras não poupam nada ou guarda muito pouco de sua renda no período de um ano, revelou uma pesquisa realizada pelo Sophia Mind Pesquisa e Inteligência de Mercado.



  Conforme aumenta a renda, sobe o percentual de mulheres que poupam. Entre aquelas com ganhos mensais até R$ 1,5 mil, cerca de 69% não poupam nada ou muito pouco, enquanto entre aquelas que ganham acima de R$ 5 mil essa proporção cai para 43,2%. A escolaridade também segue o mesmo raciocínio, uma vez que, entre as mulheres com pós-graduação, 42% poupam nada ou muito pouco, ante 63% daquelas com até Ensino Médio Completo.

  Entre as mais jovens (até 25 anos), o motivo para não pensar nisso é a idade. Já as mulheres entre 26 e 30 anos apontam motivos variados, sendo um deles a falta de recursos financeiros. A maior parcela das brasileiras acima de 30 anos não consegue apontar um motivo para não ter começado a poupar.

  Entre a minoria que poupa, 28% o fazem eventualmente, sem uma regra específica, enquanto 27% separam um montante fixo regularmente, 22% fazem contas para analisar o quanto vão guardar antes de gastar, 17% poupam apenas o que sobra e 6%, quando recebem uma renda extra.
 
  Muitos vão pensar que o principal motivo é que as mulheres gastam demais, por isso não investem, mas a verdade é que elas pesquisam mais e gastam em “picadinhos”, diferente dos homens que quando resolvem abrir a carteira é para renovar o armário de roupas ou trocar o carro.

  Especialistas na área defendem que as mulheres são melhores investidoras, mas é preciso planejar. Afinal são obrigações com a beleza, como manicure, depilação, cabeleireiro e cosméticos. As despesas da casa e também dos filhos geralmente acabam sobrando para as mulheres, que assumem desde as compras do supermercado até quando pintar as paredes.

  Para praticar a arte de poupar consultores financeiros indicam que se estabeleça um percentual, 10% por exemplo, sobre a renda mensal, assim se o salário aumentar a reserva também acompanha. Agora não vale começar sem um objetivo, que inclusive, já tratamos aqui no blog (Objetivo das Mulheres Investidoras).


 Então, vamos mudar o resultado da pesquisa em 2011??





terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Rádio Mulheres em Ação


Atenção meninas, agora vocês podem conhecer e ouvir a nova rádio da BM&FBovespa, a Rádio Mulheres em Ação direto aqui pelo blog.


Com uma programação diversificada e programas temáticos a rádio pretende trazer música de qualidade e conteúdos inteligentes como investimentos pessoais, orçamento doméstico e planejamento das finanças da família.


Acompanhem a rádio pelo player do blog, na coluna a direita e conheça as informações sobre a programação clicando aqui.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O cobiçado 13º Salário

  Já pensou no que fazer com seu 13º salário? Pois é, inserindo a palavra no Google, você vai encontrar mil sugestões onde gastar esse dinheiro extra. Alinhar a responsabilidade com desejo é o grande desafio do final de ano e isso não significa cortar presentes ou sua festa de natal, mas sim saber realmente quando tirar da carteira o tão cobiçado 13º.

 
  O Economista e professor de Análise de Investimentos Humberto dos Santos, em uma reportagem para o site "O Dia Online", cita algumas dicas de como administrar seu 13º:

  20% Para gastos com as comidinhas do Natal;
  20% Para umas férias, mesmo que pequenas. E se não der para ir para um hotel, vá para um camping. Se tiver filhos eles irão adorar esta aventura. A propósito, existem associações de classes e de funcionários que possuem hotéis e pousadas muito acolhedores a preços convidativos. O SESC é um ótimo exemplo, com uma rede nacional de pouso de ótima qualidade;
  60% Pague as dívidas, a começar pelos cartões de crédito, e depois o cheque especial;
  Sobrou dinheiro? Guarde para janeiro, mês em que as despesas aumentam com os impostos, matrículas das crianças e etc. Se não tiver essas dispensas coloque num cofrinho, invista.

  Muitas pessoas podem achar que não vale a pena investir por não ser uma grande quantia, realmente o 13º não representa um valor fantástico, mas pode fazer toda a diferença a longo prazo. Uma pessoa que consiga guardar o seu 13º salário de R$ 2 mil todo ano, começando aos 30, chega aos 65 com uma reserva de R$ 222.869,00 e se aplicar em algum instrumento que dê retorno de 6% (reais) ao ano. O total significa um acréscimo de R$ 1 mil na sua aposentadoria por aproximadamente dezoito anos!

 As porcetagens de prioridade podem até sofrer alterações de família para família, porém o objetivo principal é curtir um final de ano tranquilo, sem preocupações!



Fonte: O Dia Online
Fonte (Imagem): Google

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Objetivo das Mulheres Investidoras

   Depois de tratarmos sobre a importância de investir, creio que essa reportagem feita pela Uol cai como uma luva, "Objetivo das Mulheres Investidoras".

  Um estudo realizado pela Sophia Mind, empresa de pesquisa do grupo Bolsa de Mulher revelou que o objetivo principal das mulheres que investem é comprar ou reformar seu imóvel. Isso muda um pouco de acordo com a faixa etária, porém o imóvel é a meta da maioria.

  A pesquisa foi feita com 1.437 mulheres, das cinco regiões brasileiras, que identificou que em segundo lugar entre os objetivos das investidoras é garantir a aposentadoria.


  Outros desejos das mulheres é ter filhos ou terminar de criá-los até a faculdade e ainda comprar um automóvel. Veja na tabela:



Objetivos das mulheres investidoras
Objetivo
  Total
    De 25 a 30 anos    

De 31 a 40 anos
   De 40 a 50 anos
Comprar ou reformar um imóvel
 41%
 49%
  42%
  32%
Aposentadoria
 15%
 14%
  13%
  18%
Ter filhos ou terminar de criá-los até a faculdade
 12%
 5%
  15%
  16%
Comprar um automóvel
  5%
 5%
  4%
  8%
Fazer uma grande viagem de lazer
  4%
 5%
  4%
  3%
Fazer um curso
  2%
 1%
  3%
  1%
Comprar móveis e equipamentos para a casa
  2%
 3%
  1%
  4%
Ter condições de casar
 1%
 2%
  0%
  0%
Não tenho um objetivo específico
 12%
 14%
  11%
  10%
Outro
 6%
 4%
  7%
  6%



E qual o seu objetivo como investidora??



 
  Fonte: Uol Economia



sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Money Mulher

  A equipe de mulheres da Geral Investimentos esteve nesta quarta e quinta-feira na Expo Money aqui na capital Gaúcha. Foi bonito ver o grande número de mulheres interessadas em aprender um pouco mais sobre investimentos.
 Na palestra “Independencia Financeira” com Márcia Tolotti, no estande “Money Mulher”, tivemos uma visão muito ampla sobre investimentos e sobre a importância de dividirmos nosso dinheiro para os “tempos”:

ü  Curto Prazo= Consumir
ü   Médio Prazo= Investir
ü  Longo Prazo = Armazenar


  Além da palestrante Márcia Tolotti, outras com grande conhecimento na área destacaram a importância dos investimentos à longo prazo. O que mostra que ainda usamos mais a palavra “consumir” em nossos tempos e deixamos de investir para nosso futuro.

  Um dado que foi levado em consideração, é que as brasileiras que operam hoje no mercado de ações, são apenas 120mil contra 50 milhões de americanas. Os tempos mudaram, temos mais tempo de vida, as mulheres hoje são independentes e para essa nova mulher preocupar-se um pouco mais com seus investimentos é fundamental!!


Confira a reportagem com a palestrante Márcia Tolotti:


Como você faz o planejamento do seu futuro financeiro???


Quais os assuntos que você mais gosta de ler no Só Para Mulheres?