sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dicas para um carnaval inesquecível

O Carnaval é um dos feriados mais esperados pelos brasileiros. Quem gosta da agitação fica ansioso pelas festas, reuniões de amigos e desfiles. Mas até aqueles que não são chegados aproveitam a data muitas vezes viajando para locais mais sossegados. Goste você ou não de Carnaval, vale a pena conferir as dicas para viajar tranqüilo durante o feriadão.

  A primeira é se programar com antecedência. Afinal, há várias coisas que precisam ser decididas: o destino, programação local, hospedagem, período, horários, compra de passagens, etc. "Outro cuidado essencial para garantir tranqüilidade, evitar sustos e não ultrapassar o orçamento durante o passeio é a contratação de uma assistência de viagem", diz Danilo Moreira, gerente de marketing da "Travel Ace Assistance".
 
  O destino é algo que precisa agradar a todos os que farão a viagem. E existem lugares para todos os gostos: desde as tradicionais praias, ideais para quem gosta de calor e banhos de mar, até locais mais sossegados, frios e cenários exóticos. Claro que, além do desejo dos viajantes, é preciso considerar quanto se pode gastar. Uma meta deve ser estabelecida e cumprida, para que o passeio não comprometa o orçamento logo no início do ano. Se não dá para sair do país, aproveite para explorar lugares pouco conhecidos em terras nacionais. Você pode se surpreender.

  Se você pretende viajar no Carnaval e ainda não comprou suas passagens, é melhor se apressar. Saiba que os preços aumentam na medida em que a data se aproxima e de acordo com a demanda. O mesmo acontece com os valores da hospedagem. E, como o brasileiro é famoso por deixar tudo para a última hora, vale correr.

  Mas o ideal mesmo é se adiantar na aquisição das passagens, como explica o gerente de Marketing. "Com tempo, o viajante pode escolher um destino que lhe agrade e que apresente bons preços, além de comprar sua passagem aérea com valores promocionais e conseguir vagas em hotéis com valores menores."

  O item hospedagem, aliás, envolve não apenas os valores e o tempo de permanência numa cidade, estado ou país diferente. O conforto também deve pesar na hora de fechar um local. Por exemplo, há situações em que alugar uma casa é vantajoso.

  "Em uma viagem com um número muito grande de pessoas, pode ser mais interessante alugar uma casa ou apartamento e compartilhar momentos divertidos com os amigos. O aluguel também é vantajoso em viagens longas, com duração de pelo menos um mês", pontua Danilo.

  Quando o assunto é o meio de transporte, geralmente o avião costuma oferecer mais conforto e rapidez para chegar até o destino. E o melhor: as passagens aéreas estão com preços mais acessíveis. Algumas companhias oferecem, inclusive, promoções de vários tipos. Ou seja, é útil pesquisar o site de cada uma antes de escolher a melhor opção.

  Não existe segredo para uma viagem de Carnaval bem-sucedida. O que existe é muito planejamento. Assim, os viajantes podem aproveitar bastante, descansar e se divertir, sem dores de cabeça ou imprevistos.
Por Priscilla Nery (MBPress)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

FICA MAIS

  Hoje temos uma novidade muito interessante para as investidoras e um incentivo para as futuras investidoras, o FICA MAIS.

  O FICA MAIS é um programa de incentivo da BM&FBOVESPA em que você acumula pontos, que em breve poderão ser trocados por diversos produtos e serviços. No FICA MAIS, quanto mais tempo você investe em ações, mais pontos ganha. Indicar amigos também aumenta sua pontuação. É o único programa de fidelidade que você ganha poupando seu dinheiro! ...


Como ganhar pontos participando do Fica Mais:


Pré requisitos de pontuação:

        • Aderir ao Fica Mais.
        • Ter saldo em custódia em carteira própria no último dia útil do mês.
        • Amigo indicado se tornar investidor na mesma corretora indicada.

ü  No ato da adesão ao Fica Mais o investidor já ganha 100 PONTOS.
ü  Permanecendo com investimentos em ações por 1 ano (12 meses), o investidor ganhará 600 PONTOS.
ü  Cancelando o envio dos informativos impressos do CEI pelos Correios e mantendo esse cancelamento por 1 ano (12 meses), o investidor ganhará 105 PONTOS. 
ü  Supondo que ele indique 5 amigos para se tornarem investidores, ganhará 25 PONTOS.
ü  Se desses 5 amigos indicados 1 se tornar investidor na mesma corretora que a dele, ganhará 50 PONTOS.

Quais as Vantagens

  A BM&FBOVESPA firmou uma parceria com o Multiplus Fidelidade para oferecer a você a liberdade de usar seus pontos como quiser. Você começa a ganhar pontos agora e em breve, todos os pontos adquiridos no Programa Fica Mais poderão ser trocados por prêmios do Multiplus Fidelidade.
  Você poderá juntar seus pontos do Fica Mais com outros conquistados por meio dos demais programas participantes do Multiplus e trocá-los por uma variedade de produtos ou serviços como: passagens aéreas, viagens, combustível, livros, consultoria financeira e produtos para o seu dia a dia.
  Assim você tem muito mais opções para decidir como gastar seus pontos!

Como Resgatar os Pontos

  Você deve solicitar a transferência dos seus pontos para o Multiplus Fidelidade sempre que quiser resgatá-los. Essa transferência pode ser feita pelo site do Fica Mais.
  Se você ainda não tem cadastro na Multiplus, deverá acessar o site www.multiplusfidelidade.com.br e efetuar seu cadastro, para então solicitar a transferência dos seus pontos.Caso já tenha cadastro no Multiplus, os pontos do Fica Mais estarão disponíveis para serem utilizados em até três dias.

  No site da Geral você confere o passo a passo para concluir seu cadastro no programa. Dúvidas serão bem vindas!!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Aluguel de Ações

  Você tem uma carteira de ações para longo prazo e não pretende movimentá-la por um bom período de tempo? Ou acredita numa queda do mercado e quer aproveitar para ganhar com isso?

  Se você respondeu “sim” para uma destas perguntas, alugar ações é uma forma de aumentar a rentabilidade de seus investimentos. Confira aqui no blog nossas dicas para quem ainda não conhece essa opção de investimento.

O que é?
  O Aluguel de Ações é uma operação onde investidores disponibilizam títulos para empréstimos e os interessados os tomam mediante aporte de garantias.   As corretoras com fiscalização da CBLC atuam como contraparte no processo e garantem as operações.
  O contrato de aluguel é acertado entre o doador (proprietário das ações) e o tomador (normalmente é conhecido como especulador de curto prazo apostando na baixa das ações). As taxas médias de aluguel costumam variar entre 0,5% e 6% ao ano.
  As condições do aluguel são definidas pelo proprietário: o prazo de aluguel geralmente é para 30 ou 60 dias.
 Atenção! A distribuição de juros sobre capital próprio ou dividendo no período do aluguel, pertence ao proprietário e o pagamento do aluguel é feito no primeiro dia útil após a finalização do contrato, quando o tomador devolve as ações.

Por que alugar ações?
  A possibilidade de alugar papéis acrescenta eficiência operacional e flexibilidade ao mercado.
  Para o doador as vantagens são:
·         Possibilidade de aumentar a rentabilidade da carteira sem se desfazer das ações;
·         Continuar recebendo proventos, como dividendos e bonificações, durante o período do aluguel.
  Para o tomador as vantagens são:
·         Realização de operações na expectativa de queda dos preços;
·         Fazer hedge nas operações com opções de compra;
·         Operações lucrativas no mercado com viés de baixa.

Quais os custos?
As taxas que incidem sobre a operação são:
·         Taxa de juros previamente estipulada pelo doador, expressa em base anual, com capitalização composta por dias úteis (pró-rata), a ser paga no primeiro dia útil após o encerramento do contrato.
·         Mais custo de corretagem.

Quais os Riscos?
  O principal risco para o investidor é que, enquanto estão alugadas, as ações não podem ser vendidas. Isto pode ser ruim, caso as ações subam demais e você queira realizar o lucro, ou caiam demais e você queira limitar o prejuízo. Além disso, existe um risco mínimo do tomador não devolver suas ações. Este fator é evitado, pois a CBLC é intermediadora deste tipo de operação e requer  garantias de 100% mais uma margem de segurança. Esta garantia pode ser um depósito em dinheiro ou títulos.

Como alugar ações?
  Para alugar as ações, basta ligar para sua corretora e informar o papel, a quantidade, o prazo e a taxa desejada. Algumas corretoras têm volume mínimo para aluguel e geralmente cobram comissão percentual sobre ele.
Caso seu aluguel não seja concretizado, ele aparecerá no book do BTC em espera. Quando o aluguel for realizado, você receberá uma carta da CBLC com a confirmação.

   Ainda tem duvidas sobre o assunto? Entre em contato com a Geral no (51)3213 2704 ou deixe seu recado aqui no blog!


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ascensão feminina no ambiente corporativo

  Cada vez mais, a mulher sente necessidade de mostrar a que veio. Assumindo o papel de mãe, dona de casa e profissional ao mesmo tempo e, ainda assim, obtendo destaque nas empresas, em cargos de liderança, principalmente em redutos predominantemente masculinos, como no setor de Finanças.
  Aos poucos, elas também estão conquistando espaço dentro das organizações, não só pelo talento para lidar com a área financeira, mas também por trazer características próprias que tornam o trabalho mais preciso, afinal, elas acreditam que o segredo de tudo está no detalhe.

  O crescimento delas nesse setor contribuiu para a inauguração do IBEF Mulher, núcleo feminino do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças, em São Paulo. Desde o segundo semestre de 2009, época da sua criação, as integrantes do núcleo têm se dedicado a promover atividades de divulgação da visão da mulher executiva, que atua na área de finanças.

  Uma dessas mulheres é a coordenadora do IBEF Mulher, Luciana Medeiros Von Adamek. Também diretora da área de consultoria da PricewaterhouseCoopers, ela acredita que para dar conta das atividades diárias é fundamental que o companheiro compreenda a dinâmica do seu trabalho. Casada há 11 anos, Luciana tem dois filhos pequenos e faz questão de estar presente nos compromissos da criançada. "Tenho a satisfação de levá-los à escola todos os dias", revela.

  Já Marcela Drehmer, diretora financeira da Braskem, buscou equilibrar suas escolhas, quando percebeu que não tinha com quem dividir a alegria de obter sua primeira promoção na carreira. "Decidi ter uma vida mais equilibrada para poder dividir as tristezas e ganhos com alguém, além de tirar férias", declara. A formação da família e o nascimento de seu filho foi importante neste processo, ainda que tenha adiado uma promoção na carreira. "Acho que é preciso ter o cuidado de educar os filhos e equilibrar as tarefas do casal. É necessário estar atenta à carreira, porque é dela que sairão as coisas que a vida pode oferecer", avalia.

  Para a presidente da Standard & Poor´s, Regina Nunes, o sucesso está muito ligado à intensidade e à busca de equilíbrio, com um único objetivo, que é a felicidade. "Trabalho realmente porque eu quero. Para mim, casar e ter filhos significa o equilíbrio da vida pessoal", qualifica. Regina acredita que a composição equilibrada daquilo que é importante para as pessoas faz delas felizes ou infelizes. "Não passa pela minha cabeça que meus filhos, minha família, minha casa, meus cachorros, meu trabalho, meus amigos do trabalho e os funcionários não fazem parte da minha vida", declara.

  "No meu casamento, decidimos juntos quem seguiria carreira executiva, como seriam as coisas dentro de casa e no trabalho, e qual seria a dedicação para cada um deles", relata Elisabete Waller, sales VP da Oracle, que trabalha entre 12 e 14 horas por dia. "Quando você faz uma coisa que gosta e está harmonizado com a família, o equilíbrio se torna natural", afirma. Para que a família esteja sempre unida, Elisabete criou o dia da família, em que todos procuram chegar cedo e jantar juntos.

  Uma das pesquisas mais recentes sobre mulheres em cargos de liderança foi feita entre as 100 melhores empresas para trabalhar. Conforme o estudo, elas representam 36% nos cargos de chefia. Esses dados dão uma idéia da ascensão feminina no ambiente corporativo do País. Em 1997, apenas 11% dos cargos de liderança eram ocupados por mulheres.

Por Juliana Lopes

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Liquidação: Saiba como fazer escolhas inteligentes!

  Começou a temporada de liquidações nas lojas e, com descontos tão atraentes, fica quase impossível resistir a tantas vantagens. Ainda assim, é importante lembrar que muitos acabam usando esta época de liquidações como desculpa para estourar o limite do cartão de crédito, sem aquele sentimento de culpa: “ah, mas estava tão barato…”, quando adquirimos algo que não é a nossa cara ou que não nos serve.

   Então, separamos algumas dicas de como aproveitar a época dos descontos, de forma saudável para seu bolso e para seu guarda-roupa:

·         Antes de tudo, a Necessidade: compre primeiro aquilo que você realmente precisa. Por mais que esteja doidinha para aderir a uma nova tendência, se seu guarda-roupa está implorando por sapatos diversificados, já sabe por onde começar! Lembre-se: não é só liquidação de roupas! Não saia sem saber o que vai precisa comprar ou então vai voltar com um monte de coisas desnecessárias.

Uma dica bem legal dada pela consultora de moda Jéssica Oliveira no 2º Encontro de Investidoras da Geral Investimentos, é do Guarda-roupa Inteligente. Ele é composto de peças chaves que combinam com tudo, independente da tendência atual, por isso confira se você já possui essas pecas em seu guarda-roupa antes de correr para as lojas:

ü  2 saias
ü  2 vestidos
ü  3 calças
ü  1 blazer
ü  1 jaqueta
ü  3 blusas/camisetas de cores neutras
ü  2 blusas/camisetas de cores vivas
ü  2 blusas/camisetas estampadas

·         Orçamento de emergência: Tenha como PLANO B, um orçamento de emergência para aquelas coisinhas  simplesmente irresistíveis! Quase sempre compramos algo que não tínhamos pensado antes.

·         Leve alguém com você: Seu parceiro de liquidação pode ajudar você a escolher, a se controlar, ficar já na fila enquanto você escolhe, carregar seus pacotes.

·         Cuidado com papo de vendedor: Quando um vendedor vier oferecer ajuda, peça licença, diga que só está olhando! Tem vendedor que é capaz de tudo para ganhar uma boa comissão.

·         Atenção para trocas: Verifique a conservação da roupa e se a loja faz troca de produtos em promoção.

·         Quase perfeita: Muito cuidado com possíveis ajustes que terá de fazer após a compra. Estamos falando de uma bainha, um ajuste, que podem ser consertados com facilidade, certo? Cuidado! Certos consertos podem deformar totalmente uma roupa, se estiver muito apertada não vale a pena comprar achando que um dia vamos emagrecer e  que então vai ficar perfeito.

  Mas afinal, vale a pena deixar de comprar para esperar a liquidação? Depende! Depende do seu orçamento, do seu tamanho, depende da marca, o principal é você começar a estudar o funcionamento das lojas para começar a sentir o que vale a pena ou não.

  Qual é o seu tamanho? Pequeno, médio ou grande? Às vezes nas liquidações encontramos diversas opções de tamanhos bastante “diferentes” (ou porque são muito pequenos ou porque são muito grandes). Conhecer com antecedência as lojas em que vai aproveitar a liquidação é fundamental para saber se está fazendo realmente um bom negócio.


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Elas controlam o mercado,mas parecem estar perdendo o auto-controle

  Responsáveis por movimentar bilhões de dólares no mercado mundial, não há dúvidas de que as mulheres conquistaram poder ao longo das últimas décadas, principalmente por controlarem o consumo e as decisões de compra de inúmeras famílias ao redor do mundo. Entretanto, fatores emocionais ou a falta de organização dos gastos são apontados por elas como as principais justificativas para a aquisição de suas dívidas.

  O estudo realizado pela Sophia Mind sobre Endividamento feminino destaca o cartão de crédito como o principal canal que as conduz a entrar no chamado “vermelho”, e apesar de 92% já haverem conseguido se livrar de uma dívida, quase metade destas se endividou novamente.


  A pesquisa realizada com 913 mulheres entre 18 e 60 anos em 2010, apontou que, independente da idade, a maioria das mulheres costumam realizar compras a prazo e, quando o fazem, afirmam ter o controle de quanto podem gastar.
  Quase 70% das entrevistadas já usaram ou usam o cheque especial e 27% destas o fazem todos os meses.
  Os números indicam que apesar de haverem adquirido responsabilidade e papel de importância nas decisões de compra da maioria dos setores do mercado, o surgimento de algum problema é um dos principais fatores que as levam a perder o controle na hora de consumir e, em alguns casos, acabam por adquirir uma nova dívida para quitar a outra.
  A idade também se apresenta como um fator diferencial. As mais jovens com até 30 anos gastam mais com itens supérfluos. A compra de bens com valor elevado é mais comum entre as com idade entre 26 e 40 anos, e as acima de 40 anos destacam como principal motivo o surgimento de alguma doença.
  Portanto, podemos concluir que nós mulheres temos importância no mercado mundial devido a grande capacidade de consumo que atualmente conquistamos. Porém, ainda não aprendemos a controlar nossa ansiedade e nem sempre esperamos o melhor momento (financeiro e/ou emocional) para assumirmos certas dívidas. Por isso, reflita antes de comprar aquele sapato lindo que você vai usar uma única vez na vida ou aquela bolsa super na moda que simplesmente não cabe no seu orçamento naquele momento.

  Pense em como atitudes conscientes de consumo, podem lhe trazer bons resultados para um futuro muito mais tranqüilo e no azul!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Investidoras abandonam o modelo conservador

  Na ultima edição da revista ISTO É DINHEIRO (edição 695) foi veiculada uma matéria bastante interessante sobre o perfil da mulher investidora. O titulo é “Elas estão bem mais ousadas”. A geral investimentos foi um das fontes consultadas: Apesar de estarem mais propensas a correr riscos, elas mantêm uma das principais vantagens em relação a eles: uma atuação sistemática na hora de tomar decisões. “Elas investem com critério, ao passo que os homens são guiados pelas promessas de rentabilidade no curto prazo”, diz Júlio Matos, executivo da corretora gaúcha Geral Investimentos responsável pela área de relacionamento com clientes.

  Confira a matéria na íntegra aqui no blog:

 
 Investidoras abandonam o modelo conservador e passam a arriscar na bolsa
 Por Jaqueline Mendes

  A participação das mulheres na bolsa de valores vem crescendo aceleradamente nos últimos anos. Entre 2002 e 2010, o número de investidoras no pregão multiplicou por dez, subindo de 15 mil para mais de 150 mil. 

  O conhecimento tornou-as mais ousadas. Longe do modelito bem-comportado de querer apenas proteger seu capital, elas agora saem à caça de ganhos. Para isso, elas encurtam os prazos, aprofundam os riscos e abusam da volatilidade. 

"Quem não está preparado para perder nunca vai ganhar muito"
Eliane Tokunaga, advogada e investidora

  “As mulheres querem ganhar tanto quanto os homens ao investir, e não se importam de arriscar mais para conseguir isso”, diz a consultora financeira carioca Sandra Blanco, autora de uma pesquisa sobre o tema. 

  Ao entrevistar mil mulheres que consultam o portal de investimentos Mulherinvest, ela descobriu que 68% delas compram ações. E também foi possível notar uma mudança de comportamento. “Elas estão mais dispostas a sofrer perdas e a escolher ações mais arriscadas”, diz Sandra. 
  Um bom exemplo é o da estilista e decoradora Danielle Joory. Empresária da moda desde 2009, ela sempre se interessou tanto pelas tendências da alta-costura quanto pelos movimentos das finanças. 

  A forte queda das ações com a crise de 2008 levou Danielle às compras. “A bolsa estava em baixa e achei que era um bom momento para começar a formar uma carteira”, diz ela, que vem dedicando parcelas cada vez maiores de seu patrimônio à renda variável e, nos últimos tempos, começou a comprar e a vender ativamente. “Eu investia em ações para mantê-las, mas agora compro e vendo cinco dias depois, no máximo.” Segundo ela, em dois anos sua carteira rendeu 80%.

  É bom negócio? Correr mais riscos permite ganhar mais, desde que a investidora saiba as melhores combinações para não cometer nenhuma gafe no pregão, diz José Alberto Netto Filho, professor de educação financeira da BM&FBovespa. 
Mônica Eyer: "Sou bem arrojada, invisto em ações e opções"

  “É essencial estudar bastante antes de começar.” Elas estão seguindo esse conselho à risca e vêm se dedicando aos estudos com o afã de quem busca o caimento perfeito. “As mulheres que frequentam os cursos da bolsa são mais interessadas e participantes do que os homens. Elas se preparam melhor antes de assumir riscos”, diz Netto.

  Esse foi o modelo seguido pela advogada Eliane Fujikawa Tokunaga, que deixou a profissão para viver apenas das ações. Motivada pelo marido, ela começou a se aventurar no mercado em 2006, estimulada pela febre de abertura de capital das empresas, os Initial Public Offerings (IPO). 

  Em 2008, depois de dois anos de estudo, ela percebeu que poderia ganhar mais se ousasse na produção. “Eu me inspirei na trajetória de profissionais bem-sucedidos no mercado, especialmente americanos”, diz. Eliane costuma seguir as tendências do mercado. 

  Se o movimento da bolsa é de alta, ela monta posições compradas, que dão lucro quando as ações sobem. Se a tendência é de queda, sua alternativa é apostar na baixa com operações de aluguel de ações e posições que combinam ações e opções. 

  “Eu alugo as ações, vendo quando acho que o mercado vai cair e compro mais barato para entregar ao dono dos papéis”, diz ela. Essa conjugação entre aluguel e venda é bem mais arriscada do que o modelo tradicional, mas ela não se incomoda com isso. 

  “Quem não está preparado para perder nunca vai ganhar muito dinheiro”, diz. Uma pesquisa realizada pela bolsa em agosto passado mostra que ela faz parte de um grupo de investidores que se caracteriza pela alta frequência das transações. Eles são minoria – cerca de 4% dos acionistas – e a participação das mulheres, que era praticamente nula há três anos, avançou para cerca de 16,6%.

  Apesar de estarem mais propensas a correr riscos, elas mantêm uma das principais vantagens em relação a eles: uma atuação sistemática na hora de tomar decisões. “Elas investem com critério, ao passo que os homens são guiados pelas promessas de rentabilidade no curto prazo”, diz Júlio Matos, executivo da corretora gaúcha Geral Investimentos responsável pela área de relacionamento com clientes. 

  “As mulheres são detalhistas e aprendem melhor com os erros.” É o caso da advogada carioca Mônica Eyer. Na década de 80, ela perdeu 
US$ 10 mil especulando com ações na bolsa do Rio. “Eu perdi dinheiro à beça e isso despertou em mim a vontade de estudar para investir e ganhar”, diz ela. 

  Em 2000, Mônica voltaria à bolsa por meio de um sossegado fundo de ações, depois passou aos papéis com a ajuda de uma corretora e há sete anos começou a cuidar sozinha de sua carteira, investindo tanto em ações quanto em opções. “Sou bem arrojada”, diz ela. “Aprendi a operar e hoje sei o que faço.”

  Os profissionais do mercado avaliam que esse movimento vai continuar e, em breve, não será possível distinguir eles e elas, pelo menos por seu comportamento no pregão. “A aplicação preferida das mulheres era a caderneta de poupança, mas agora elas não se intimidam mais com as ações”, diz Alexandra Almawi, economista da corretora Lerosa Investimentos. 

  Na Título, 30% das investidoras são consideradas arrojadas e esse percentual só tende a aumentar, afirma Mirian Macari, gerente da plataforma de negociação de ações pela internet. “O perfil da mulher como investidora vai se aproximar do perfil dela no mercado de trabalho, disputando espaço com os homens em pé de igualdade.”

Quais os assuntos que você mais gosta de ler no Só Para Mulheres?