terça-feira, 31 de maio de 2011

Fique atento as novas regras do cartão de crédito

  As novas regras para o setor de cartões de crédito, que entrarão em vigor ainda nesta semana, ajudam a evitar que as famílias brasileiras se endividem em excesso e também a racionalizar e melhorar o relacionamento entre a indústria de cartões e os clientes.

  A avaliação foi feita pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em seminário para explicar as mudanças nas regras de funcionamento desse mercado, que também indicou a possibilidade de definição de regras adicionais. Entre as principais medidas mencionadas por Tombini estão: o aumento do porcentual de pagamento mínimo da fatura para 15% - que vai para 20%, a partir de dezembro - e a redução do número de tarifas cobradas de mais de 80 para apenas cinco. A partir de junho, haverá tarifas somente de anuidade, emissão de segunda via, saque, pagamento de contas e avaliação emergencial de limite de crédito.

  "Com isso, buscamos incentivar o uso racional do cartão de crédito e ajudar as famílias a evitarem o endividamento excessivo", disse. "A entrada em vigor das novas regras para cartões de crédito não representa o fim de um processo. Pelo contrário, o Banco Central continuará monitorando a evolução desse importante instrumento. E, sempre que necessário, adotará, nas suas competências legais, medidas e ações para que esse segmento continue crescendo de forma sustentável, sem a geração de riscos para a população e para as instituições financeiras", acrescentou.

  Na visão de Tombini, ao dar mais racionalidade e transparência no mercado de cartões, o BC contribui para reduzir o clima hostil entre os clientes e os prestadores desses serviços, que era fonte de risco operacional e de reputação do sistema financeiro nacional, cuja estabilidade é função do BC zelar.

  Segurança: Na avaliação do chefe do Departamento de Normas do Banco Central, Sérgio Odilon dos Anjos, as novas regras para os cartões de crédito darão mais segurança aos consumidores nas relações com as operadoras. Isso porque, explicou, vão simplificar as tarifas, permitindo melhor identificação dos serviços que de fato estão sendo cobrados, além da comparação entre os preços praticados pelas instituições financeiras.

  Segundo ele, a tendência é de diminuição nos valores das tarifas, assim como ocorreu com a padronização das tarifas bancárias. Desde abril de 2008, de acordo com Odilon, as taxas cobradas pelos bancos caíram pela metade. "Os dados demonstram o sucesso do modelo, e agora levamos o mesmo conceito para os cartões de crédito", acrescentou, pedindo que os órgãos de defesa do consumidor atuem para incentivar a comparação de tarifas entre os bancos.

  O BC não fixou regra sobre os juros, que continuam entre os maiores do mercado bancário. O setor justifica o nível elevado, entre outros motivos, pelo fato de os cartões arcarem sozinhos com o risco de inadimplência de operações de compras parceladas sem juros, muito frequentes no mercado brasileiro.

  Para a diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Juliana Pereira da Silva, a nova norma deve diminuir a quantidade de reclamações dos consumidores. No ano passado, 33,16% das queixas recebidas pelo departamento no âmbito do sistema financeiro diziam respeito a cartões de crédito.

DÚVIDAS

·         Quais tarifas podem ser cobradas pela emissora do cartão de crédito?
a) anuidade;
b) para emissão de 2ª via do cartão;
c) para retirada em espécie na função saque;
d) para pagamento de contas; e
e) no pedido de avaliação emergencial do limite de crédito.

·         O que deve constar na fatura do cartão?
a) limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de operação de crédito;
b) gastos com o cartão, por evento, inclusive quando parcelados;
c) identificação das operações de crédito contratadas e respectivos valores;
d) valores dos encargos na fatura;
e) valor dos encargos a serem cobrados no mês seguinte, no caso de o cliente optar pelo pagamento mínimo da fatura; e
f) Custo Efetivo Total (CET), para o próximo período.


Fonte: Estadão

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Brasileiros mais confiantes para investir no futuro

  Levantamento realizado pela Ipsos, a pedido da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), revela que em abril 45% dos brasileiros se sentiam um pouco ou muito mais confiantes em sua capacidade de investir no futuro (o que inclui a capacidade de poupar para se aposentar ou pagar os estudos dos filhos) do que estavam há seis meses.  Considerando os segmentos da população, a confiança maior ou muito maior dos entrevistados das classes AB foi de 50%, mesmo percentual verificado entre os entrevistados da classe C. Dos pesquisados das classes D e E, 39% afirmaram estar muito e um pouco mais confiantes na capacidade de investir do que há seis meses.

  Há ainda aqueles que acreditam que sua capacidade de investimento é a mesma de seis meses atrás. Essa opinião atingiu 29% da classe DE, 25% dos pesquisados da classe C e 32% da classe AB.

Regiões do País 
  Comparando as regiões do País, os entrevistados do Norte/Centro-Oeste foram os que se mostraram mais confiantes para investir no futuro em abril, na comparação com seis meses atrás. Essa percepção atingiu 54% dos brasileiros da região.Em seguida, na região Nordeste, 51% dos entrevistados se sentiram um pouco ou muito mais confiantes. Na região Sudeste e Sul, 42% dos entrevistados disseram estar um pouco ou muito mais confiantes em investir.

  Por outro lado, 37% dos entrevistados do Sul sentiram que sua capacidade de investimento era a mesma de seis meses atrás, contra 27% no Nordeste e no Sudeste. No Norte/Centro-Oeste, 26% dos entrevistados deram esta resposta.

Menos confiantes 
  De maneira geral, 23% dos entrevistados se disseram um pouco ou muito menos confiantes para investir no futuro. Dos entrevistados das classes D e E, 26% tiveram essa opinião em abril, ao passo que nas classes C e AB o percentual foi de 8% e 4%, respectivamente.Quanto às regiões, no Sudeste, 28% das pessoas estavam menos confiantes do que há seis meses com o quesito investimento futuro, seguidas pelos consumidores das regiões Nordeste (24%), Sul (21%) e Norte/Centro-Oeste (20%).

Fonte: Cidade Marketing / InfoMoney

terça-feira, 24 de maio de 2011

Corretora de Valores: Qual serviço devo escolher?

  Parte das ferramentas hoje oferecidas pelas corretoras foi desenvolvida com o avanço da internet. E quase não existem limites para a continuidade desse processo. Segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), não há regras que obriguem as corretoras a prestar determinados serviços. As práticas de mercado, porém, fizeram alguns se tornarem comuns, como o próprio home brocker, os relatórios e as diversas ferramentas de analise. E tudo ao gosto do cliente!

  Tanta opção pode deixar muitos investidores confusos e perdidos. Existem corretoras que oferecem preço e as que oferecem serviços. E o investidor deve ir atrás do que é interessante para ele.
 
  Entender o que está sendo oferecido é fundamental para determinar a importância de um serviço.  O resultado da falta de atenção é a contratação de produtos atraentes, mas que talvez sejam pouco funcionais para determinado investidor, assim como, muitos investidores deixam a qualidade de um serviço sem saber da importância para o crescimento dos seus investimentos.

  Aproveitar melhor as ferramentas que a corretora oferece não é necessariamente colocar todas elas no pacote. É preciso escolher, e, para isso, o investidor tem de ter referencias.

  Munir-se de informações sobre o mercado é apenas um complemento na hora da escolha. Qualquer processo sólido de investimento começa com a identificação das metas do investidor. E nesse ponto, até as corretoras aconselham o investidor a entender quais são suas necessidades e identificar seu perfil.

  Veja quais os itens que ajudam investidores de acordo com suas necessidades:

Relatórios: São os mais diversos e recomendados para todo e qualquer tipo de investidor. Por meio deles dá para traçar estratégias e diversificar a carteira.
Carteiras Recomendadas: Os especialistas aconselham mais atenção a elas, pois podem ajudar tanto os mais arrojados quanto os mais inexperientes.
Analise Gráfica: Nem todos gostam, mais visa ajudar os traders a aproveitar oportunidades de curto prazo.
Analise Fundamentalista: Fornece aos investidores de longo prazo informações que lhe ajudam a definir a compra e venda de um ativo.
 Home Broker: A maioria das corretoras oferece para facilitar a realização de operações. Suas funcionalidades variam dependendo da corretora. É essencial para os traders.
Chats, Fóruns e Palestras: Abuse da parte de atendimento e orientação educacional da sua corretora para sanar duvidas e ganhar segurança para efetuar as operações.


Fonte: Revista INVISTA (Ano 05, NO. 32 – MAI/JUN 2011)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Elas conseguem mais rentabilidade do que eles


  Esqueça a imagem da mulher que pega o dinheiro que sobra a cada mês na carteira e coloca na tradicional e conservadora poupança. Algumas delas tem deixado essa realidade para trás, como uma historia a ser contada para gerações futuras, e tem se arriscado no mundo dos investimentos, em especial no mercado acionário.

  Hoje, as mulheres já são mais de 148 mil no mercado de ações, um universo ainda dominado pelos companheiros do sexo masculino. Apesar de elas ainda serem minoria, há fôlego para que logo haja um equilíbrio, segundo a gerente de programas de popularização da BM&FBovespa, Patricia Quadros.

  Para ela, o mercado de ações ainda é mal interpretado e algumas pessoas ainda não se deram conta do quanto ele pode ser rentável. “Vivemos em um pais que, quando sobra dinheiro no final do mês, o primeiro lugar em que a pessoa pensa em guardá-lo é na poupança. Queremos mudar essa cultura e estamos conseguindo. As pessoas começam agora a se familiarizar com o mercado de ações e o numero de investidores cresce constantemente, principalmente entre as mulheres.

  Para se ter idéia, o numero de investidoras cresceu 900% de 2002 até agora, enquanto o numero de investidores homens aumentou 480%. “Estudos comprovam que, quando olhamos as aplicações de longo prazo no mercado de ações, as mulheres tem resultados melhores que os obtidos pelos homens. Isso acontece porque elas são mais focadas em seus objetivos estabelecidos antes de alocarem seus recursos na bolsa de valores”, afirma Vera Rita, doutora em psicologia econômica.

  Contudo, não é somente como investidoras que as mulheres começam a dominar o mercado de capitais. Elas estão, cada vez mais, conquistando cargos de destaque no mundo dos investimentos, tanto que, atualmente, já há mulheres nas mesas de operação, nos cargos de economista-chefe e chefe de departamento de research e até na presidência de corretoras.

  “O que mais me chama atenção é que elas, antes de investir, buscam informação. Elas querem entender o que estão fazendo. Buscam, cursos, lêem livros e noticias e só investem quando formam o conhecimento necessário para saberem exatamente onde estão entrando. E quando colocam na cabeça que querem se tornar investidoras, nada as segura”, afirma Patrícia Quadros.

  Uma pesquisa realizada pelo centro de estudos sobre o publico feminino Sophia Mind, que mostra que 54% das mulheres se consideram conservadoras na hora de escolher seus investimentos, e apenas 4% se dizem arrojadas. Mas isso muda conforme a idade. Mulheres investem de olho na formação de patrimônio e elas sabem que isso leva tempo, por isso focam no longo prazo. Homens são mais imediatistas.


Fonte: Revista Invista (ANO 05, NO. 32 – MAI/JUN 2011)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Inflação e desaceleração são as palavras da moda na economia

  A inflação segue como o principal problema de curto prazo a ser resolvido tanto na economia brasileira quanto em âmbito mundial. Além disso, destaque para os números de atividade e de emprego que sinalizam ritmo menor de crescimento da economia doméstica. No que tange à economia mundial, observou-se que os números a respeito dos Estados Unidos (EUA) e da Europa estão com um viés mais negativo. Isso porque alguns dados de atividade, de emprego e de confiança vieram abaixo do esperado nas últimas semanas. Ademais, a inflação no mundo continua pressionada, o que dificulta, sobretudo, a recuperação dos países desenvolvidos. Além dos consumidores despenderem mais recursos para comprar alimentos e combustível, as taxas de desempregos estão bastante elevadas se comparadas ao nível que vigorava até 2008, especialmente nos Estados Unidos.

  Os índices de preços no Brasil desaceleraram, mas mostram que a inflação persiste acima do centro da meta (4,5%) desejado pelo Banco Central e próximo do teto (6,5%). O IPCA-15 acumulado em 12 meses está em 6,4% e o IGP-M registrou 10,6% em abril/11 na mesma base de comparação (ver gráfico 1 abaixo).

Fonte: IPEADATA
Elaboração: Geral Investimentos

  Nesse contexto, de inflação elevada, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu elevar a taxa básica de juros para 12% a.a. no último dia 20 de abril, sem viés, por cinco votos a favor da decisão vencedora (aumento de 0,25 p.p.) e dois votos por uma elevação maior (alta de 0,50 p.p.). Na ata, a autoridade monetária deixou o caminho aberto para novas elevações da taxa Selic mencionando que seus membros entendem “de forma unânime que, diante das incertezas quanto ao grau de persistência das pressões inflacionárias recentes, e da complexidade que envolve hoje o ambiente internacional, o ajuste total da taxa básica de juros deve ser, a partir desta reunião, suficientemente prolongado”.

  Além disso, o comitê coloca que a demanda continua robusta, mas que as medidas fiscais, macroprudencias (aumento do compulsório) e convencionais (elevação dos juros) já implementadas terão efeito importante nos próximos meses para trazer a inflação de volta à meta em 2012. Esse último fato é que gerou muitas críticas do mercado em relação à política monetária implementada pela nova gestão do presidente do BC, Alexandre Tombini. Algo que só foi amenizado com a comunicação da última da ata, sobretudo, com a colocação de que o ajuste total da Selic será suficiente-- prolongado.

  Em resumo, dado que o BC deve continuar elevando a Selic e a incerteza tem elevado a aversão ao risco, é importante o investidor buscar proteção para a sua carteira de investimentos nesse quadro. Uma boa forma de se proteger nesse período de turbulência é aplicar em ações que sejam boas pagadoras de dividendos e/ou em títulos públicos ou privados que sejam indexados a taxa de juros e a inflação.

Por Denilson Alencastro, Economista-Chefe da Geral Investimentos

segunda-feira, 16 de maio de 2011

4º Encontro de Investidoras

  Devido ao grande sucesso das edições anteriores, o 4º Encontro de Investidoras Só para Mulheres, volta ao Saiko Restaurante. O evento, exclusivo para o público feminino acontece no dia 31 de maio às 19h30 com entrada gratuita.

  O ambiente aconchegante do badalado restaurante japonês estará de portas abertas, para receber as mulheres interessadas em ficar bem informadas sobre as perspectivas econômicas do nosso país e que queiram entender quais as melhores maneiras de investir seu dinheiro.

  Uma equipe de consultoras e analistas da Geral Investimentos estará no local para esclarecer as dúvidas sobre o Mercado Financeiro.

  Venha aprender a investir para crescer, inscreva-se! As vagas são limitadas!

Data: 31/05 - terça-feira
Horário: 19h30
Local: Saiko Restaurante

(Rua Ijuí, nº 668 – Petrópolis - próximo à Praça da Encol - Porto Alegre/RS | Manobrista no local)

  Confirme sua presença através do e-mail eventos@geralinvestimentos.com.br ou pelo fone (51) 3213-2704

Evento exclusivo para Mulheres!
Vagas limitadas! Aproveite e inscreva-se já!

Baixa torna bolsa atrativa

 
  Por causa da retração na Bolsa de São Paulo (BOVESPA), que empacou em torno de 64 mil pontos, apesar de Wall Street – seu principal parâmetro de desempenho – já ter retomado a marca anterior ao auge da crise global de 2008, muitos papéis de empresas brasileiras estão com preços defasados. Essa situação pode ser uma excelente oportunidade de negocio.

  Mas em vês de usar os recursos em uma só operação, a compra de ações em aportes regulares, mensalmente, por exemplo, é uma estratégia mais eficaz ante eventuais turbulências do mercado, apontam especialistas. A tática também é recomendada na aquisição de cotas de fundos ou clubes de investimentos.

  “Independente do sobe e desce da bolsa, as aplicações regulares mais promissoras numa perspectiva de médio e longo prazo” – ressalta Nilton d`Avila Farinati, membro orientador do Instituto Nacional de investidores (INI) e sócio de Valor Ativo Assessoria de investimentos.

  Ao comprar ações ou cotas em diferentes momentos, o investidor pode obter retorno médio compatível com a da expectativa sem correr risco de pagar caro demais.

  “Disciplina é mais importante do que conhecimento na arte de ganhar dinheiro” – avalia o consultor financeiro Augusto Saboia.

  Ao ingressar em diversas datas e preços, o investidor pode escolher o papel pelo qual pagou menos com a qualidade de embolsar mais, mantendo os demais ativos até que atinjam resultados satisfatório.

  “A estratégia é aumentar o volume dos aportes na baixa dos preços, como no atual momento da Bolsa, reduzindo as aquisições em períodos de alta”- reforça Marco Antonio Martins, presidente da Associação dos Analistas e profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec-Sul).

 Analistas enfatizam a importância de diversificação dos recursos disponíveis em varias modalidades, inclusive com parte em renda fixa. A divisão de dinheiro entre a renda fixa e variável depende do perfil de cada um, mas é sempre bom lembrar de regras básicas para ativos de risco: entrar na baixa e sair na alta e jamais colocar recursos com previsão de uso.

Fonte: Jornal Zero Hora. Edição do dia 9/05/2011

terça-feira, 10 de maio de 2011

A Classe Média em Ação

 
  A idéia que a Bolsa é um clube fechado, formado por homens sisudos, é cada vez mais ultrapassada e está com seus dias contados. Suas portas vêm se abrindo para jovens, mulheres e pessoas de classe média, tipicamente assalariadas, que tratam ações como um investimento de longo prazo, capaz de lhes propiciar maior rentabilidade. É o que revela – sistematizando o que os olhos dos observadores já detectavam – a “Pesquisa do Perfil do Investidor em Ações”, realizada pela consultoria Plano CDE para a BM&FBOVESPA. Seus resultados podem ser um sinal, ainda que indireto, das mudanças que acontecem na sociedade brasileira, mas indicam, diretamente, que “o projeto de popularização parece ter decolado”, como diz Haroldo Torres, o coordenador do trabalho.

  A Bolsa não só vem mantendo sua clientela tradicional como avança pelos demais segmentos sociais, incluindo “os mais ousados da classe C”. E vê que a grande maioria dos entrevistados (86%) concorda com a afirmação de que “pessoas de classe média tem condições de comprar ações”.

  Na classe A, o investidor é profissional liberal, sócio de empresas, aposentado ou pensionista (58% dos casos). Na classe B – esse é o novo investidor – tipicamente um profissional com carteira assinada (60%).

  Refletindo o “primeiro movimento de popularização do mercado, é possível que esse perfil também possa vir a demandar produtos e serviços diferenciados nos próximos anos”, de acordo com os responsáveis pela pesquisa. “Trata-se de um novo cliente a ser cultivado e valorizado, como um multiplicador da mensagem de que as ações podem ser produtos acessíveis para a classe media brasileira”.

  A maioria, portanto – vale enfatizar, como destaca Haroldo Torres - , não domina os mecanismos do  investimento em ações. Mesmo quem afirma conhecê-los tem apenas uma noção ligeira disso: 15% deles acham que o investimento é feito pessoalmente na Bolsa. E muitos desses não investidores pouco sabem do papel das corretoras de valores: quando pretendem tratar de aplicações, falam com o gerente de seu banco.

  Dadas as mudanças que acontecem na sociedade brasileira, com o surgimento de uma nova classe média, é imenso o espaço a ocupar por iniciativas de massificação que pretendem transformar desejo (de investir) em realidade. O principal esforço a se feito neste momento parece ser o  de aumentar o entendimento especifico do público-alvo em relação ao produto.

Fonte: Revista da Nova Bolsa (Nº9/2011)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Uma trégua na guerra dos sexos nas finanças

  Aos 36 anos, a administradora fiscal Cátia Barreto de Abreu não pensa em investir na bolsa de valores. Ela divide todos os seus investimentos entre cadernetas de poupança e fundos DI. Mãe de Felipe, 9 meses, ela se preocupa com o futuro e quer que seu dinheiro fique em aplicações seguras.

"Procuro segurança para o meu dinheiro no longo prazo"
Cátia Barreto de Abreu - administradora fiscal

  O palestrante carioca David Portes, 52 anos, é um investidor com perfil diametralmente oposto ao de Cátia. Por ter apetite ao risco, ele investiu muito na bolsa e perdeu R$ 200 mil na crise de 2008. “Corri para o DI”, diz ele. Bolsa nunca mais? Nada disso, ele jura já ter recuperado as perdas, não abandonou a renda variável.

  Qual dos dois tem a melhor estratégia? Cátia, que ganha menos de 1% ao mês, mas não sofre com a volatilidade, ou David Portes, que lida com as oscilações do mercado, mas tem a oportunidade de ganhar bem mais do que na renda fixa? Nenhum dos dois pode ser considerado desinformado. Ambos contam com orientação de especialistas no assunto, estão seguros de suas decisões e cientes das consequências.


  Os exemplos comprovam uma dicotomia que vem desde o tempo em que vivíamos em cavernas: as diferenças de comportamento econômico entre homens e mulheres. Eles eram criados para ir à caça, privilegiando a agressividade e o oportunismo. Elas ficavam encarregadas de cuidar das crias, com ênfase na proteção. Isso se reflete hoje nas decisões de investimentos.

  “Procuro segurança para o meu dinheiro e para o futuro”, diz Cátia. “Errei, mas não posso ficar com medo”, afirma Portes. Essa diferença de abordagem se reflete na BM&FBovespa. Os homens representam três de cada quatro investidores, ao passo que as mulheses são apenas 25% dos 566 mil CPFs cadastrados.

  Lentamente, porém, as fronteiras dos comportamentos masculino e feminino começam a  diluir. A psicóloga Vera Rita Ferreira, especialista em comportamento dos investidores, diz que a informação tornou as investidoras um pouco mais masculinas.

  “As mulheres mais jovens começam a tomar as decisões mais naturalmente”, afirma. É o caso da administradora de empresas Fernanda Haidar, 23 anos. Seguindo o exemplo do pai, ela começou a investir em ações de primeira linha aos 15 anos.
Portes perdeu R$ 200 mil na bolsa com a crise de 2008, mas não deixou de investir em ações

  Mais tarde, com o retorno que obteve de uma aplicação em um fundo de ações de empresas de pequeno porte, conhecidas como small caps, Fernanda começou a comprar e vender, pela internet, ações como MPX, Brasil Ecodiesel e Telemar Participações. “Não tenho medo de correr riscos, se não for um dinheiro que eu precise muito”, diz ela.

  O fato de pensarem mais no longo prazo também aumenta a aversão ao risco. No longo prazo, essa abordagem cautelosa permite que elas ganhem mais dinheiro. No entanto, o mercado financeiro é, cada vez mais, um ambiente para quem pensa e age com rapidez, sem demorar muito na análise de cada decisão.

  Nessa autêntica guerra dos sexos, elas podem aprender com eles e vice-versa. O homem pode aprender a ser mais prudente e a mulher a conhecer mais opções de investimentos. O ideal é unir a agressividade deles com a cautela delas.

  A junção do impulso masculino e da necessidade de segurança feminina pode resultar em uma carteira interessante para o casal. Mais de um pesquisador levou para casa um Prêmio Nobel de economia ao comprovar que os melhores resultados provêm das carteiras que mesclam um pouco de risco à renda fixa. Devemos procurar contrabalançar tudo na vida!

Por Juliana Schincariol
Fonte: Época (publicado em julho de 2010)


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mês da Mães

No Mês da Mães, o blog do Só para Mulheres faz uma homenagem àquelas que são o motivo de nossa existência!


Parabéns antecipado a todas mamães que são nossas leitoras!


Ass:
Equipe Só para Mulheres Geral Investimentos!

Quais os assuntos que você mais gosta de ler no Só Para Mulheres?