sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Investindo como mulher

A "hipereconomista" brasileira Marcelle Chauvet, chefe do Departamento de Estudo Latino-Americanos da Universidade da Califórnia, é figura frequente no blog Só Para Mulheres. Falamos sobre sua carreira aqui e mais recentemente, a macroeconomista nos concedeu uma entrevista especial. O post de hoje também tem a participação da Marcelle: a matéria foi embasada em um texto da CNBC, sugerido por Marcelle. Vale a leitura!

Quando Nancy Havens-Hasty (atual gestora do fundo de arbitragem em fusões, com o terceiro melhor desempenho, de acordo com o Hedge Fund Journal) começou a trabalhar em Wall Street, no início da década de 70, ela logo percebeu as diferenças na maneira de trabalhar entre ambos os sexos. “Havia homens tão irritados que batiam com o telefone na mesa ou quebravam seus dedos. Nunca entendi por que agir desta forma seria melhor do que se debulhar em lágrimas”, diz a primeira mulher a fazer parte do quadro de diretores do Bear Stearns.

Uma recente pesquisa diz que os homens são mais emocionais do que o sexo oposto, mas de uma maneira negativa, que pode até mesmo prejudicar o seu sucesso como investidores. Já as mulheres, geralmente são melhores como gestoras de finanças, mesmo em meio às maiores crises de mercado.

Em 2001, um estudo feito pela Universidade da Califórnia, analisou os investimentos em ações de 35 mil famílias e constatou que os homens negociam 45% a mais do que as mulheres, acumulando maiores custos de transações e acarretando em um retorno de 1,4% menor. Os números ficam ainda mais gritantes quando se referem aos solteiros: investidores negociam 67% a mais e tem menos 2,3% de retorno. Outra pesquisa, conduzida pelo Hedge Fund Reaserch entre 2000 e 2009, mostrou que fundos gerenciados por mulheres têm rentabilidade quase 4% superior do que os geridos por homens.

Os hormônios são os grandes culpados por todas essas diferenças de resultados e comportamentos. No caso dos homens, é a testosterona que está diretamente relacionada à confiança. Seu excesso pode causar julgamentos equivocados, levando investidores a seguirem sua intuição ou acreditarem em “rumores” do mercado. Já as mulheres, graças a sua aversão a riscos, são mais analíticas e recorrem muito mais a pesquisas. Essa característica feminina também é atribuída a Warren Buffet. “Se você o observar trabalhando todos os dias, vai perceber que ele passa o dia lendo, só consumindo informações. Buffet tende a correr menos riscos, pensando a longo prazo e não se deixa influenciar por pressão,” diz LouAnn Loftus, autor do livro “Warren Buffet invests like a girl: and why you should, too” (em tradução livre, “Warren Buffet investe com uma menina: porque você também deveria fazer o mesmo”), ainda sem previsão de lançamento no Brasil.
 
Se o homem tem seu perfil influenciado pela testosterona, a estabilidade emocional feminina na hora de investir está diretamente relacionada com à oxitocina. Este hormônio é mais abundante no cérebro das mulheres e poderia explicar o sucesso feminino no ápice da crise de 2008 e 2009: investidoras obtiveram melhores resultados do que o sexo oposto. Segundo o estudo Vanguard, os homens foram mais suscetíveis a vender seus ativos quando a Bolsa estava em baixa, enquanto as mulheres mantiveram suas posições com pulso firme.

Agradecemos imensamente a colaboração da Marcelle Chauvet, pela indicação deste tema para o blog!

E se você também tiver sugestões de assuntos e outras novidades, envie para comunicacao@geralinvestimentos.com.br



Clique aqui para acessar a versão original da matéria (em inglês).

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O que a redução da taxa Selic muda na sua vida?

Durante a última semana, muito provavelmente você deve lido ou ao menos escutado alguma notícia sobre a redução da taxa Selic. Mas afinal, o que é Selic? O que a diminuição desta taxa vai influenciar na vida do consumidor e nos seus investimentos?

Conforme consta no site Wikipédia, a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é um índice pelo qual as taxas de juros cobradas pelo mercado se balizam no Brasil, sendo assim a taxa básica de referência pela política monetária. Também é conhecida como taxa média do overnight, que regula diariamente as operações interbancárias. Ou seja, a Selic é utilizada para operações de curtíssimo prazo entre os bancos, que, quando querem tomar recursos emprestados de outros bancos por um dia, oferecem títulos públicos como garantia, visando reduzir o risco, e, consequentemente, a remuneração da transação (juros). A meta para a taxa SELIC é estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e é expressa na forma anual para 252 dias úteis.

Agora que você já sabe o significado desse termo tão comentado, vamos à parte prática: o que isso muda no dia a dia dos brasileiros? Visando o crescimento da economia nacional em 2012, o Banco Central baixou a taxa básica de juros de 12 para 11,5% ao ano. Com isso, em setembro, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, a média dos juros às famílias era de 117,5% ao ano. Se o mercado financeiro estiver correto e houver repasse, o percentual cairia para 117% ao ano, resultando em um baixo impacto no crédito ao consumidor e que será sentido entre 20 e 40 dias. Mas, segundo o professor da Faculdade de Economia da Fundação Alvares Penteado, Otto Nogami, “o efeito das alterações realizadas na Selic, aqui no país demoram entre seis e oito meses para impactar a inflação”.

Na prática, uma geladeira de R$ 1.000, em 18 parcelas sem entrada, com o antigo valor de juros médios de 117,5% ao ano, teria custo total de R$ 1.749,59, com parcelas de R$ 97,20. Aplicada a redução da Selic, a geladeira sairia por R$ 1.747,04, diferença de apenas R$ 2,56, conforme pontuado pelo Diário do Grande ABC. Para quem tem empréstimo pessoal em bancos, os juros mensais serão reduzidos de 4,47% para 4,43%, já taxa dos financiamentos de veículos, que é a mais baixa do mercado, passam de 4,47% para 4,43% ao mês, enquanto, os juros do cartão de crédito, considerados o mais abusivos do mercado caem de 10,69% ao mês para 10,65% ao mês.

E os investimentos, como ficam? Quem tem o seu dinheiro aplicado em Renda Fixa ou Títulos do Tesouro, atrelados à taxa básica, serão os primeiros a perceber uma variação. "E quem tiver aplicado em um fundo DI pós-fixado, por exemplo, com taxa de administração de 2% ao ano, para resgate em um ano, vai perder em relação à poupança (que rende cerca de 6% ao ano)", destaca o pesquisador do Instituto Assaf, Fabiano Guasti Lima. Uma boa alternativa passa ser a busca por outras opções de investimentos, como a renda variável.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo, Exame, Diáriodo Grande ABC e Wikipédia

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Segredo é o caminho do sucesso

Muitas pessoas ainda acreditam que a melhor maneira de tornar os sonhos realidade é compartilhar os planos com amigos e familiares, contando todos as metas e acontecimentos. A lógica, neste caso, é simples: ao dividirmos nossas aspirações, nos esforçamos ainda mais para alcançarmos nossos objetivos. Mas será que isso realmente funciona? Esse modo de pensar pode até fazer sentido, afinal ninguém faz questão de assumir uma imagem de fracassado. No entanto, segundo uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Nova York, o ideal seria que fizéssemos exatamente o contrário!

Pesquisadores descobriram que, ao falar sobre a vida pessoal, é gerada uma sensação de falsa realização, tornando menos provável que você corra atrás dos objetivos. Para ficar mais fácil de entender, pense num exemplo prático: você encontra uma amiga e comenta que vai iniciar uma rotina de treinos na academia, e ela lhe elogia pela iniciativa. Já satisfeita com o comentário, naturalmente você perde um pouco da motivação para acordar cedo e ir treinar, porque você já colheu os benefícios de ser reconhecida como frequentadora da academia.

Com tanta facilidade e diversas opções de canais de comunicação, fica cada vez mais difícil "ficar quieta", especialmente quando temos que manter a descrição até mesmo com o namorado ou com a melhor amiga. A Dra. Kathleen McCulloch, participante dos estudos e professora de Psicologia da Universidade Estadual de Idaho, nos Estados Unidos, explica: "não contar a ninguém é uma garantia a mais de que vai perseguir aquele objetivo por si mesma".
Outro alerta vem da consultora americana em Psicologia, Susan Wilson: "o que impede um monte de gente de realizar seus sonhos são os outros". No fundo, até as pessoas que mais nos amam podem inconscientemente nos afastar das nossas metas. Ao comentar que pretende fazer um curso nos finais de semana, seu namorado pode, mesmo sem querer, desviá-la da linha de chegada, já que gosta de passar esse tempo do seu lado".

O estudo ainda aponta outros dois motivos para manter seu sonho em segredo quase que absoluto: a vontade de poder finalmente compartilhar sua conquista faz com que você se esforce ainda mais para alcançar certo objetivo. E mais, fazer algo exclusivamente por si mesma é um jeito de exercitar sua individualidade e colocar-se em primeiro lugar. “As mulheres tendem a ultrapassar seus limites em privilégio dos outros. Então, se podem ter algo só delas, vão se sentir realmente especiais", diz a psicóloga Lucy Jo Palladino, autora de Acerte o Foco - Estratégias Inteligentes (Prumo).

Ainda não se convenceu de que manter segredo pode ser vantajoso? Então, imagine que a compra do apartamento dos seus sonhos está se concretizando. Até assinar o contrato, há muito que checar e resolver, em um processo que pode demorar semanas. É difícil manter o sangue-frio nesses dias, então por que contar para os amigos enquanto ainda não há motivos concretos para comemorar? Eles possivelmente não poderão lhe ajudar e, caso o negócio não der certo, alem da sua frustração, ainda terá que dar explicações para todos.

Mas, se você achar que não vai conseguir manter-se em silêncio por muito tempo, ao menos tenha certeza de que vai compartilhar seus objetivos com a pessoa certa. "Escolha alguém em quem você confie, que nunca competiu com você e que tenha sido bem-sucedida ao correr atrás dos próprios objetivos", aconselha Lucy Jo.

Não encontrou alguém de confiança? Respire fundo e guarde suas metas para si. Com certeza, o resultado valerá à pena.

Fonte: Nova

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O que as mulheres buscam na hora de escolher um emprego?

Provavelmente, você já deve ter lido diversas matérias falando sobre a crescente preferência das empresas pela contratação de profissionais do sexo feminino, e os motivos que levam à escolha de mulheres para ocuparem cargos decisivos. Mas hoje vamos abordar o outro lado deste assunto: o que as mulheres valorizam nas empresas e no mercado de trabalho? Para responder a essa pergunta desenvolvida pelo Sophia Mind, foram entrevistas mulheres entre 25 e 50 anos, com nível superior completo, funcionárias do setor público ou privado de todo o Brasil.

Para esse grupo de mulheres, a melhor empresa não é aquela que apenas paga o melhor salário. Trabalhar em um local que colabore com a qualidade de vida dos colaboradores é fundamental, já que ser empregada de uma companhia é somente uma das funções da mulher moderna.  

Ao escolher uma empresa para trabalhar, além da busca por vantagens financeiras, um dos principais fatores de retenção das profissionais é o planejamento de carreira e as oportunidades de crescimento,  Os demais motivos variam de acordo com a fase de vida de cada uma. Mulheres sem filhos, por exemplo, procuram manter-se em empresas que tenham plano definido de cargos e salários, stock options e prioridade no recrutamento interno. Já as “mães-funcionárias” valorizam salas de aleitamento, berçário, programas socio-ambientais e a possibilidade de trabalhar em casa, como principais fatores de retenção na organização. 

Infelizmente, esses benefícios tão valorizados por nós mulheres, ainda não são encontrados com a frequencia que gostaríamos na maioria das empresas. Em uma escala de um a dez, a nota média dada pelas funcionárias pesquisadas foi 5,3. Apenas 7% delas deram nota nove ou dez a suas empresas, enquanto 10% deram nota zero ou um. Outro dado insatisfatório observado na pesquisa, diz respeito ao desencontro sobre alguns benefícios que as mulheres gostariam de ter e o que as empresas oferecem: 93% gostariam de ter uma bolsa de estudos, mas apenas 22% das entrevistadas possuem o benefício; 86% delas gostariam de ter um horário de trabalho flexível, mas apenas 37% podem usufruir disso; 75% delas gostariam de ter auxílio educação para os filhos, mas apenas 11% das entrevistadas o têm; e 72% valorizam programas de prevenção a doenças, e esses só ocorrem para 38% das mulheres pesquisadas.

Em relação a seus superiores, mais da metade das entrevistas se diz indiferentes a ter chefes do sexo feminino ou masculino, apesar de notarem claramente a diferença no tipo de gestão entre os gêneros, principalmente no que diz respeito a luta por melhor qualidade de vida, benefícios e direitos das funcionárias.


E para você, o que realmente conta na hora de escolher uma empresa para trabalhar?



segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Oportunidade de Estágio


A Geral Investimentos está com oportunidades abertas para estudantes interessados em atuar no Mercado Financeiro.

Para participar do processo seletivo, basta enviar um currículo com foto para o e-mail ci@geralinvestimentos.com.br

Confira as vagas:

Estágio para Auxiliar de Análise de Investimentos
Cursando Economia ou Administração
5º semestre em diante
Fundamental ter fluência em inglês
Disponibilidade de horário entre 9h e 18h, para 6h de estágio
Bolsa auxílio: R$ 1.000,00
(1 Vaga)

Estágio para Atendimento Comercial – Área de Relacionamento
Cursando Administração ou Marketing
3º semestre em diante
Horário:
das 09h às 15h (1 Vaga)
das 12h às 18h (1 Vaga)
Bolsa auxílio: R$ 1.000,00

Para mais informações, entre em contato com o Canal Investidor, pelo fone (51) 3213-2704.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Quero, mas não devo!

Diariamente somos alvo de inúmeros anúncios e promoções, que nos bombardeiam com novidades e tendências, criando em nós um sentimento de necessidade de consumo quase imediata. E neste aspecto, nós mulheres costumamos ser bem mais sensíveis aos "encantos do consumo", e acabamos adquirindo produtos que talvez nem venhamos a utilizar.

Quem não conhece uma amiga "louca por sapatos", a "compulsiva por maquiagens" ou a "colecionadora de roupas que nunca serão usadas"? Histórias de consumo desenfreado já fazem parte do universo feminino. Mas como mudar esta realidade? Muitas vezes, um gasto desnecessário tido como “pequeno”, pode ser prejudicial ao bolso e à mente.

Se já temos tudo que realmente precisamos no guarda-roupa, será que há necessidade de mais uma blusa? Se já estamos endividadas, será que o melhor a fazer não é pagar uma prestação, ao invés de comprar uma bolsa nova? E se temos um objetivo maior, como comprar uma casa, trocar de carro ou ingressar em uma pós-graduação, será que realmente não vale a pena segurar o cartão de crédito? Caso você tenha se identificado com alguma dessas dúvidas, então, é hora de focar nesse objetivo principal, bloquear todos esses estímulos ao consumo, entender o valor do dinheiro e saber usá-lo de maneira adequada.  

Sabemos que é difícil resistir àquela bolsa linda, que você não precisa, mas que está com 50% de desconto. Mas tente respirar fundo e fazer algumas perguntas básicas a você mesma, antes de se render a esse impulso:

* Eu já tenho algo parecido em casa?
* Posso costumizar algo que já tenha ao invés de comprar essa peça?
* Em que ocasião vou usar?
Eu realmente preciso disso?
* Claro que quero essa peça AGORA. Mas... o que eu queria comprar antes de sair de casa, mesmo?
* Do que vou ter que abrir mão mais tarde, se gastar com isso hoje?

Essas questões não são fórmulas mágicas anti-consumo, mas, somadas à vontade de concretizar algo maior e foco (especialmente financeiro), elas se transformarão em uma grande arma na luta contra as compras compulsivas.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Dia das Crianças para todos os bolsos

O Dia das Crianças está chegando e, consequentemente, a preocupação de como presentear os queridos “pequenos”. Como na maioria das demais datas comemorativas, surge sempre a pergunta: Como fazer a alegria da criançada sem estourar o orçamento? O ideal é ter um planejamento prévio, mas mesmo sem organizar o orçamento, é possível fazer algo para que  o tão esperado dia não passe em branco. 

Se a situação financeira da família está confortável e há possibilidade de comprar um presente de valor mais elevado, a primeira dica é realizar uma pesquisa de preços e uma análise das melhores formas de pagamento. “A maioria das pessoas ainda não se atentaram para a importância de saber negociar em nosso cotidiano. Um exemplo é negociar um produto como sendo pago à vista, porém, pagando-o a prazo”, explica Reinaldo Domingos, autor do livro “Terapia Financeira – quebre o ciclo das gerações endividadas e construa sua independência financeira”. Domingos ainda atenta aos juros dos parcelamentos, ou mesmo o endividamento no cartão de crédito e no cheque especial. 

Para as famílias que não se planejaram para tal gasto, uma alternativa pode ser adquirir algo de menor valor agora e se preparar para comprar algo mais caro no aniversário da criança ou no Natal. Uma sugestão para essa “lembrancinha” de Dia das Crianças pode ser uma bola, remetendo à essência da sua infância para seus filhos, ou ainda jogos educativos, que costumam ter um bom custo-benefício. 

Mas se a ordem do lar for realmente “apertar o cinto” o ideal é ter uma conversa franca com as crianças. “Mostrar a importância dela para a família e encontrando algo que ela deseja dentro da realidade financeira do momento. A conversa chamará a atenção da criança para que perceba que aquilo que ela viu em uma propaganda, não é o que ela necessita no momento”, explica Domingos. Aproveite esse momento para dar um cofrinho ao seu filho, iniciando desde já o processo de educação financeira. 

Para fazer o Dia das Crianças especial, mesmo sem um presente material, uma boa sugestão é a realização de um simples passeio. “Às vezes esse momento que a família passa junto vale muito mais do que algo físico. A viagem ou passeio fica na memória, além de ajudar a melhorar a cultura e o conhecimento da criança”. Desenvolver brincadeiras em casa, como um acampamento e piquenique no jardim ou fazer “um dia de chef”, cozinhando guloseimas com as crianças, pode ser uma opção educativa e bastante divertida.

Destaque sempre que o importante é a intenção do presente, e não o seu valor financeiro. Uma experiência ou atividade pode acabar se tornando muito mais divertida e enriquecedora, do que mais um brinquedo na prateleira. 


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Mulheres e Investimentos: uma relação promissora

A volatilidade e os solavancos do mercado financeiro atual, fizeram com que um grande número de pessoas físicas saísse da Bolsa. Segundo dados divulgados pelo Valor, há menos investidores hoje, do que no final de 2010. Na parcela dos “sobreviventes do mercado”, um outro número chama a atenção: o grupo de mulheres que resistem a esse cenário de crise é, proporcionalmente, cada vez maior.

De agosto de 2009 até agosto deste ano, a quantidade de investidoras quase dobrou em relação aos homens, crescendo cerca de 11%, enquanto a participação masculina diminuiu 1%. O aumento das mulheres no mercado é inclusive maior que o número de pessoas físicas em geral. Esses números tão significativos têm apenas uma ressalva: como a base de mulheres é mais baixa do que a base masculina, consequentemente os crescimentos percentuais acabam sendo maiores; o que nem por isso invalida o potencial aumento do público feminino.

Para atingir essa importante fatia de mercado, que até algum tempo atrás desconhecia totalmente o mundo de ações, em 2003, foi lançado o portal Mulheres em Ação, iniciativa que surgiu devido ao grande interesse feminino pelo Mercado de Ações, principalmente depois do lançamento da campanha "A BM&FBOVESPA vai até você". Neste ambiente virtual, voltado para as mulheres, é possível conferir matérias exclusivas, dicas de mercado e vídeos educativos, além de esclarecer dúvidas e cadastrar-se para receber informativos semanais.

Dando continuidade a esta campanha educacional, a BM&FBOVESPA vem realizando diversas palestras voltadas para as mulheres, por terem um perfil mais disciplinado e menos impulsivo. Os grupos são heterogêneos, tanto em relação à idade – estudantes de 20 anos até senhoras de 70 – quanto à classe social.

Segundo o professor da BM&FBovespa, Carlos Alberto Barboza da Silva, o principal objetivo dos encontros é ensinar às mulheres, antes de tudo, a poupar, para depois escolher a aplicação que mais se encaixa no perfil de cada uma delas. "A maioria precisa aprender antes de mais nada que poupar é vencer uma guerra, abrindo mão do consumo de hoje para ter algo a mais amanhã", diz Silva. "Não dá para ficar comprando todos os sapatinhos que vê nas liquidações e ainda querer ter uma velhice tranquila", complementa o professor. Carlos ainda utiliza sempre um exemplo que deixa a sala de palestras em um silêncio de surpresa: "Se vocês economizarem R$ 20 por dia, em dez anos terão R$ 48 mil sem correção nenhuma ou cerca de R$ 100 mil corrigidos".

Depois de falar sobre economia doméstica, o curso segue explicando sobre expressões do mercado e histórias de investimentos de sucesso. No final, alguns alertas importantes: "As ações, assim como podem subir muito, também podem despencar na mesma magnitude; que o dinheiro que se aplica em Bolsa deve ser de longo prazo; que renda variável deve ser apenas uma parte das aplicações de uma pessoa; que é importante distribuir o capital em várias ações de diferentes setores e que, além da administração da companhia, o comportamento de um papel depende de uma série de outras variáveis como a economia brasileira e a internacional”.

Por todos esses motivos e números citados acima, que o blog Só Para Mulheres existe. Nosso objetivo é reunir investidoras, para que todas possam tirar suas dúvidas, compartilhar experiências e histórias de sucesso.

Fonte: Valor

Quais os assuntos que você mais gosta de ler no Só Para Mulheres?