sexta-feira, 27 de julho de 2012

As asas de Amélia

Nascida no Kansas, Estados Unidos, em 24 de Julho de 1897, Amélia Earhart foi a primeira mulher a atravessar sozinha, de avião, o Oceano Atlântico, em 1932. Por ter realizado tal façanha, ela recebeu a condecoração "The Distinguished Flying Cross". 


Aos 10 anos, a pequena Amélia viu pela primeira vez um avião de perto, em uma feira estadual. Mas, ao contrário do que poderia se pensar, ela não ficou impressionada: "Foi uma coisa de arame enferrujado e madeira, que não parecia nem um pouco interessante", disse. A paixão começou de verdade somente uma década mais tarde, quando Amélia participou de uma exposição. Nesta ocasião, o piloto Frank Hawks lhe presenteou com um passeio que mudaria para sempre sua vida. "Até o momento, eu tinha conseguido duas ou três centenas de metros do chão. Eu sabia que tinha de voar", afirmou.

- Amélia, por que você quer voar? Quero ser livre!

Além de ter quebrado diversos recordes na aviação, Amélia também ficou conhecida por ser uma defensora dos direitos femininos e pelos livros que escreveu, em que relatava suas experiências de voos. Além disso, escreveu muitos artigos e colunas de jornais. Sua fama nos Estados Unidos lhe rendeu o carinhoso apelido de "Deusa da luz”, pelo carisma e ousadia. 

Mas, para alcançar todo esse reconhecimento, Amélia encontrou muitos obstáculos, até conquistar seu objetivo. Em pleno século XX, não era “normal” uma mulher almejar uma profissão, tida até aquele momento como masculina.  Essa busca incessante fez com que ela conseguisse realizar seu sonho, tendo a oportunidade de trabalhar como enfermeira voluntária, durante a Primeira Guerra Mundial. Formou-se como Assistente Social, graças ao salário que recebia e começou a fazer aulas de voo, em 1921. Esse é um belo exemplo para nós mulheres, pois ela  acreditou e batalhou por seus ideiais, mesmo em uma época em que o preconceito era predominante e aceitável.


Com seu primeiro avião, chamado Cenário, a jovem piloto quebrou o primeiro de muitos recordes, alcançando 14 mil pés de altitude, o equivalente a 4,2 km. "As mulheres também devem tentar fazer as coisas que os homens tentaram. Quando falhamos, o erro deve ser um desafio para as outras”. (trecho de uma carta que Amélia escreveu para seu marido, George Putman).

Na maior de suas peripécias, ao tentar realizar um voo solo, ao redor do mundo em 1937, Amélia teve uma morte misteriosa. Não faltam teorias sobre seu desaparecimento mas, até hoje, nem mesmo os destroços do avião ou seu corpo foram encontrados. Em homenagem ao seu aniversário, na última terça-feira (24/07) o Google fez um Doodle comemorativo, trocando seu logotipo por uma ilustração de Amélia, junto de uma aeronave.

Quer saber mais sobre a história de Amelia Earhart? A indicação fica por conta do filme, que leva seu nome - confira o trailer: 






Fonte: Exame





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